Companheiros e
companheiras do CSAMT:
Telmo Varela e
Miguel Nicolás enviamos este escrito ao Comité de Solidariedade e Apoio, como
ao conjunto do povo trabalhador galego, para pedir-vos toda a solidariedade
possível face o julgamento datado às 10:00 horas de 5 e 6 de fevereiro de 2013,
no Julgado do Penal nº 1 de Vigo, onde sob acusaçom dum ataque ao INEM em 2010,
confrontamos umha petiçom fiscal que soma um total de 15 anos de prisom.
Telmo e Miguel,
ambos eletricistas do naval, ativistas sociais e daquela militantes da CUT,
fomos vítimas dumha montagem mediática e policial, construida em base a
indícios casuais, carentes dalgum tipo de prova que poda sustentar-se. Numha
época de conflituosidade social, dumha nova tentativa de desmantelar o setor
naval, cum incremento alarmante do desemprego, que junto duns pacotes de
reformas e decretos, abrirom passo à dramática situaçom que hoje em dia
padecemos como povo trabalhador galego. A única finalidade e objetivo das
nossas detençons, foi o de levar a cabo umha campanha com a que reprimir e
criminalizar qualquer resposta obreira e sindical de caráter combativo.
Este ataque ao INEM
aconteceu na madrugada de 15 de dezembro de 2010, numha época na que as cifras
do desemprego na Galiza chegava a 250.000 obreiros e obreiras privados do seu
direito a trabalhar, enquanto o governo de Zapatero, ameaçava com arrebatar as
esmolas dos 420 euros com os que tantas famílias da nossa classe e povo
tentavam sobreviver.
Na mesma manhá,
enquanto o INEM já funcionava normamalmente, detivérom a Miguel, e até 2 de
maio de 2012 -sob a lei antiterrorista-, mantivérom-no sequestrado e dispersado
polos cárceres do Estado espanhol, os dous primeiros meses na prisom da Lama, 8
meses na de Villabona en Astúries, e o resto até cumprir ano e meio na prisom
de Zuera em Saragoça, a mais de 900 quilómetros da Galiza, saindo sob umha
fiança de 3.000 euros, recaudada entre a solidariedade da nossa classe na
manifestaçom do 1º de Maio, polo Comité de Solidariedade e Apoio a Miguel e
Telmo (CSAMT).
Telmo, detido 9 de
março de 2011, após um despiadado linchamento mediático, ainda continua preso e
dispersado, atualmente na cadeia de Salamanca a 413 quilómetros da Galiza, após
passar polos cárceres da Lama, e Dueñas em Palencia, a 486 quilómetros do País,
levando já quase dous anos privado da presunçom de inocência e a espera do
julgamento.
Após mais de 6
tentativas da sua posta em liberdade provisória, mantenhem-no preso com
argumentos tam absurdos como a proximidade da Galiza com Portugal, que a crise
continua, e inclusive por falta de arraigo familiar e laboral, quando cada mês,
além das amizades, recebe a visita da sua mulher mais do seu filho de 9 anos, e
incluso existe um contrato laboral aguardando para incorporar-se ao trabalho
nada mais sair da prisom.
Como carecem de
base e de argumentos para prolongar a cadeia por dous anos mais em preventiva,
a estreita colaboraçom da justiça com o Ministério do Interior, um mês antes de
cumprir-se os dous anos, celebram o julgamento com o firme propósito de
condená-lo. Sabem perfeitamente que o sumário está cheio de lacunas e provas
prefabricadas, e querem, a pesar de todo, assegurar-se umha condena
exemplarizante para que o movimento operário fique dócil.
Nos dias 5 e 6 de
fevereiro de 2013, no Julgado do Penal 1 de Vigo, vamos confrontar um julgamento
marcadamente político, onde toda arbitrariedade exercida polo regime -policial,
jurídica, penitenciária e mediática-, padecida o longo deste processo
repressivo de quase dous anos, materializará-se de forma descaradamente injusta
e contundente contra nós, cumhas petiçons que somam 15 anos de prisom para dous
trabalhadores do naval acusados de ter dignidade.
A repressom do
Estado, tanto a nível sindical, como contra o independentismo, tem-se agudizado
no devalar destes últimos anos, atacando sem trégua o nosso povo, tratando de
arrebatar e privatizar todos os nossos direitos e serviços sociais atingidos em
décadas, a custa da política do medo e do escarmento, de montagens policiais
com as que tratar de silenciar e criminalizar a toda pessoa ou movimento que se
atreva a protestar.
Polo que pedimos a
vossa assistência nos julgados, que nos arroupedes contra este nova tentativa
de criminalizar a nossa classe, que nom somos terroristas, senom sindicalistas
galegos, que estamos fartos de montagens policiais com as que sequestram a
nossa gente, da incomunicaçom em que a tortura da dispersom com a que nos
afastam para também atacar a familiares e amizades, que nem a luita obreira nem
defender a terra som delito, que quando o nosso povo se vê asovalhado, esquilmado
e atacado deste jeito polo Estado, mais legitimidade tem para defender-se.
Só com a
solidariedade de todas e de todos, se poderá fazer frente, resistir é vencer.
Saúdos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário