sábado, 30 de abril de 2011

1º de Maio, Dia do Internacionalismo Proletário


Este 1º de Maio caracteriza-se basicamente por três factores.

1º- A agudizaçom da ofensiva burguesa e espanhola contra os direitos da classe obreira e do povo galego. Após as duas recentes greves gerais que manifestárom a capacidade e disponibilidade de luita de amplas camadas do proletariado e setores populares contra a política económica do governo do PSOE, a carência de estratégia volta a definir o movimento sindical. Como conseqüência, o marasmo instala-se entre a classe obreira, perante a ausência de umha alternativa de luita e combate.

2º- A intervençom militar imperialista na Líbia exprime a determinaçom das potências ocidentais de manter a ofensiva de permanente violência contra os povos para se apropriar dos seus recursos.

3º- A ausência imposta de Miguel Nicolás e Telmo Varela na manifestaçom de Vigo e nas diversas iniciativas operárias que se desenvolvem hoje para comemorar este dia de genuína luita e reivindicaçom proletária.

As detençons realizadas em dezembro de 2010 e março de 2011 vinhérom precedidas de umha intensa ofensiva mediática e política da burguesia contra os núcleos revolucionários do movimento popular galego, -basicamente contra a esquerda independentista e socialista e o sindicalismo combativo.

A detençom dos camaradas Miguel e Telmo nom som um factor isolado da situaçom que atravessa a luita de classes na nossa pátria.

Após as exemplares luitas do metal -que lamentavelmente se saldárom com umha severa derrota do proletariado do sul da Galiza polos graves erros e limitaçons estratégicas do sindicalismo maioritário galego e pola traiçom das centrais colaboracionistas espanholas- o Estado pretende aniquilar a vanguarda obreira, impondo assim temor o conjunto da nossa classe para neutralizar a luita.

Miguel e Telmo som dous exemplos de obreiros conscientes, implicados na luita obreira, ativistas incansáveis na defesa dos nossos direitos e na denúncia de um modelo de sindicalismo hegemónico que colabora em desmobilizar a luita de classes, ou no melhor dos casos em enquadrá-la nos limites que o sistema tolera.

Miguel e Telmo destacárom na defesa do setor naval, nas greves gerais, nas luitas contra o capitalismo e o imperialismo espanhol. Som dous referentes da melhor classe obreira galega, que a burguesia pretende extirpar.

Por luitar de forma conseqüente e honrada polos nossos direitos e futuro fôrom detidos, criminalizados e condenados sem julgamento pola impensa burguesa e atualmente detidos nas prisons da Lama e Xixón.

A melhor homenagem e reconhecimento ao seu compromisso e entrega é fazermos deste 1º de Maio umha jornada combativa e maciça de luita e reivindicaçom.

O Comité de Solidariedade e Apoio a Miguel e Telmo (CSAMT) apela ao conjunto da classe obreira galega para solicitar a imediata liberdade dos companheiros presos, participando em todas as iniciativas convocadas para reclamar a sua excarceraçom e apoiando economicamente as suas necessidades em prisom.

O melhor tributo a Miguel e Telmo é continuarmos com a luita por umha Galiza ceive, socialista superadora do patriarcado.

Nom pode ser: obreiros na cadeia, corruptos no poder!
A luita obreira nom é delito!
O capitalismo é o terrorismo!


Galiza, 1º de Maio de 2011


Panfleto 1º de Maio: Descarregar (PDF|756,22KB)

Dona ou colabora na compra de livros para os presos


O CSAMT está recolhendo livros de interesse para Miguel e Telmo. Após semanas de procura já conseguimos os exemplares da trilogia de Jorge Amado "Subterrâneos da liberdade" que solicitou Miguel.

Para depositar os livros podes depositá-los ao cuidado do CSAMT no Centro Social Lume! situado na rua Gregório Espino 55 rés-do-chao, no bairro do Calvário de Vigo.

Também na sede da CUT de Vigo situada na rua Urzaiz nº 71, entrechao direito.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Carta de Telmo divulgada na concentraçom do Vao

Esta é umha carta coletiva, vai ser pouco pessoal, porque a situaçom assim o requer. Sucede no meu coraçom e nas entranhas desatadas da nossa terra, da terra mai.

Queridos paisanos, queridas paisanas, temos que seguir conservando os girons que ainda nos quedam da nossa tradiçom milenária. E trasmitir esse torrente de imagens e expressons transfiguradas, em ecos de lenda que se retorcem ante a opressiva realidade de quem decidem acabar com ela. A consciência dos galegos e das galegas, tantas vezes calada, berra entre as suas maos e o seu infortúnio. Por isso mesmo, quero seguir sendo a voz dos deserdados, desses homens e mulheres da cor da terra que se vem ameaçados polo "progresso" aniquilador. Nom quero deixar de ser a voz do povo torturado pola miséria (mais de 250 mil parados na nossa Galiza), o cuitelo na palavra contra os que rompem o equilíbrio entre o homem e a terra, os que queimam montes, aterram mares, destruem e matam o que permaneceu intato durante séculos. Nom podo deixar de rebelar-me conta a tirania de quem pretendem suplir as folhas das árvores polos moinhos eólicos que dam cartos a uns poucos, para arruinar a humanidade. Comerciar com a vida para que a vida desapareça. Nom lhes importa acabar com a magia da natureza em estado puro, o esplendor da paisagem feita para o lazer de todos, a vida nom lhes importa, o centro, o afám, objectivo, as suas miras é a mercadoria. Por todo isto, quero seguir tendo consciência de classe, há que ter consciência ou nos enterram com os nossos mortos.

Umha aperta a Galiza.

16 de abril de 2011
Cadeia da Lama

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Vao acolheu nova concentraçom solidária


Convocada pola CUT, e com o apoio do CSAMT e da vizinhança de Corujo, tivo lugar umha concentraçom de apoio a Miguel e Telmo à beira da igreja do Vao. A iniciativa realizou-se quinta-feira 14 de abril.

Após lançar palavras de ordem de alento e apoio aos camaradas presos a concentraçom finalizou com a leitura de umha carta de Telmo Varela por parte do ativista vicinal de Corujo Celso Comesanha.


quarta-feira, 20 de abril de 2011

Telmo e Miguel enviam carta à classe trabalhadora galega

Os camaradas Telmo Varela e Miguel Nicolás redigírom umha carta "À opiniom pública" na que "dam a sua versom dos factos" da sua detençom e posterior prisom. Nom só a reproduzimos integramente, apelamos a que se difunda por todos os meios possíveis. Na missiva Telmo e Miguel denunciam a criminalizaçom que vemhem padecendo após terem sido detidos e encarcerados na Lama e Xixón.

Também reproduzimos umha reflexom de Telmo sobre a necessidade de incorporar ao programa da classse obreira a luita pola independência nacional da Galiza.

À opiniom pública 
Miguel Nicolas e Telmo Varela 
Nós, os explorados e oprimidos, nom dispomos dos meios que tenhem as classes poderosas, entre outras cousas, porque elas detenhem o poder. Mas temos o direito e o dever de dar a nossa versom dos factos, ainda que nom tenha a difusom da deles.
Há quem acredite que a libertaçom do proletariado se defende com as armas espirituais, apesar de ser atacado com armas materiais cada vez que reivindica algum direito; as aspiraçons do proletariado nom som só algo espiritual, mas também algo material, polo que deve ser defendidas com armas materiais.
A oligarquia bem sabe que o sistema económico atual sobre, o qual se sustentam os seus privilégios, tem data de caducidade, que a classe obreira consciente é o autêntico inimigo do capitalismo, e que após se libertar da sua ditadura burguesa só pode avançar para um sistema justo e igualitário, para o socialismo real. Por tal motivio, apetrecham-se até os dentes derrochando ingentes somas de dinheiro em difamar e caluniar o proletariado, em criar um sindicalismo pactista e traidor com que controlá-lo e manietá-lo, em querer apresentar o preto branco, empenhando-se umha e outra vez em mostrar os realmente violentos como os defensores dumha democracia e dumha paz social com que submetê-lo, e os defensores da justiça social, do fim da exploraçom, na procura de umha sociedade mais avançada, como os violentos, os radicais, etc, etc, etc.
Sempre que a classe obreira se dispujo a organizar-se em autênticas organizaçons de classe, foi brutalmente reprimida e atacada sem piedade pola burguesia. Na Galiza, este fenómeno repete-se nos dias de hoje, quem viveu a greve geral do 27 de janeiro, sabe de que é que estamos a falar. Vigo estava literalmente tomada pola polícia, mediante mercenários fardados e à paisana ao serviço do capital.
Agora, um punhado de obreiros organizamo-nos arredor de um sindicato galego e de classe, a CUT, e isso nom podem permiti-lo, pois a CUT combate e luita pola libertaçom nacional e de classe, e sobretodo, organiza a classe obreira para que por ela própria, decida em assembleias democráticas e participativas o quê fazer em cada momento.
Isto é o que fai tremer a burguesia, o que quer evitar a qualquer custo e para isso organiza e ordena detençons de trabalhadores, para através da repressom descabeçar e criminalizar o movimento obreiro.
Há três meses detivérom Miguel Nicolás (obreiro do naval), no dia 9 de março detivérom Telmo e Iussa, também do naval, todos eles acusados de uns estragos no escritório do INEM de Coia. Olhai!, há que parar-se nas coincidências:
Três obreiros do naval viguês; os três afiliados de um sindicato combativo e de classe; e os três acusados de um incêndio ao INEM. Este facto é tam grave como para ter a três trabalhadores presos? Um deles já leva mais de três meses na cadeia.
Pois ao parecer, para o sistema é bastante mais grave atear lume a duas cadeiras e a um computador que matar duas pessoas. Pois os obreiros acusados de queimar duas cadeiras e um computador de um INEM estamos presos, enquanto os quatro "sindicalistas" que estivérom a ponto de assassinar dous porteiros de um clube de alterne está livres, nem sequer pissárom a cadeia, mas claro, os primeiros som "perigosos", obreiros dedicados à defesa da classe obreira que se empenham em questionar o sistema capitalista. E os segundos, som liberados sindicais de CCOO que, como todos sabemos, vendêrom as pensons, a reduçom dos salários, as prestaçons sociais e os trabalhadores, e que, além disso, nom só nom questionam o sistema capitalista, como todo o seu afám e esforço está em sustentá-lo para que nom se desmorone. Essa, e só essa, é a diferença para o tratamento de uns e de outros.
Lendo as notícias que saírom nos mass-media, sobre ambos os casos, fica ainda mais claro o que aqui tentamos dizer-vos. Nom vamos tentar desmontar todo quanto dixérom sobre explosivos, etc, etc, primeiro teríamos que ver esses explosivos. Que saibamos, os explosivos nom estám à venda ao público nem os pode manipular qualquer pessoa. Tampouco vamos dar aulas aos profissionais da "informaçom", nós modestos obreiros, mas sim podemos dizer que sabemos distinguir entre branco e preto, entre o que é justo e injusto. E cada qual com a sua consciência.
Por último, só queremos dizer que a exploraçom só pode ser combatida mediante o combate contra o sistema capitalista, a única maneira de sair desta crise é mudar o sistema económico que nos levou a ela, nom nos deixemos amedrontar nem desmobilizar; a maior repressom, maior resposta, a lacra do desemprego continua a expandir-se e todo "pacto social" só nos garante um futuro de miséria. Nom nos deixemos embaucar polo falso palavreado, só com o socialismo nos libertaremos das cadeias da exploraçom capitalista, nom há outra.
Somos reféns do sistema capitalista.

Soberania para a Galiza 
Telmo Varela 
A independência da Galiza é necessária e é, ao mesmo tempo, impensável se nom se modificar radicalmente o pensamento da maioria dos galegos e galegas. Para tal, temos que mudar, primeiro, a conceçom e a prática minifundista das organizaçons e coletivos independentistas.
O imperialismo espanhol está a ganhar terreno no nosso país, essa é umha realidade que ninguém pode negar. Está a colonizar-nos cultural e politicamente como nos melhores tempos do franquismo; está a conseguir que os galegos e as galegas nom sintam a Galiza como o seu verdadeiro país. O nosso idioma está-se a perder, as novas geraçons nom o praticam, e o mesmo sucede com os nossos costumes e com a nossa cultura. Entretanto, as organizaçons patrióticas andam à liorta entre elas, em lugar de juntarem forças e vontades contra o inimigo comum; dá a impressom que vivemos de costas ao nosso povo, que nom vivemos os seus problemas e as suas aspiraçons. É importantíssimo que reflexionemos, que deixemos de lado as desavenças particulares para todos juntos construirmos um futuro esperançoso. Nom é suficiente com se proclamar os autênticos e genuínos independentistas, há que sê-lo e a forma de mostrá-lo é que os interesses do povo galego estejam por cima dos interesses particulares e de grupo. O povo (trabalhadores/as, estudantes, mocidade, mulheres, intelectuais...) está confuso e desorientado com tanta sopa de siglas. A independência vai ser fruto dum progressivo e decisivo entendimento de TODAS as forças nacionalistas conseqüentes. Nom há outra. Sem esta premissa nom há futuro, condenamos o país de por vida, às cadeias do imperialismo espanhol.
Agora mais que do nunca, é necessária a independência para o progresso e o desenvolvimento do nosso país, caso contrário, vamos sentir em toda a sua crueza as conseqüências da crise capitalista. Em tempos de crise, como o atual, o poder central descarrega os seus efeitos sobre as naçons assovalhadas. De facto, já estamos a padecer as suas conseqüência: 250.000 desempregados, a indústria está abaixo de mínimos, o agro abandonado à sua sorte e da pesca melhor já nom falar; nom investem praticamente nada na nossa terra.
Se nom lhe pugermos remédio, vamo-lo passar muito mal. E nom é justo, pois o nosso país é rico avondo, é autossuficiente, tem gadaria, agricultura, riqueza pesqueira, indústria com umha potencialidade incrível; a indústria naval ou automobilística é das mais ponteiras a nível mundial, conta com umha mao de obra das mais qualificadas. O mesmo podemos dizer do setor têxtil ou conserveiro; porém, estamos na última posiçom, pola nossa dependência de Espanha. Espanha é a ruína da Galiza.

domingo, 10 de abril de 2011

Nova concentraçom reclamando liberdade de Miguel e Telmo tivo lugar no bairro das Travessas


A primeira terça-feira de abril tivo lugar a concentraçom mensal que o CSAMT convoca de forma rotatória nos bairros obreiros de Vigo para solicitar a liberdade de Miguel e Telmo. Nesta ocasiom desenvolveu-se na praça de América, ao lado do centro comercial Camélias. Como vem sendo habitual dúzias de pessoas secundárom a iniciativa que foi vigiada por um importante contingente das forças policiais.

Durante mais de 45 minutos as palavras de ordem "Nom pode ser obreiros na cadeia corruptos no poder", "Telmo, Miguel liberdade", Pres@s à rua, a luita continua", Mais trabalho, menos polícia", "A luita obreira nom é delito", ressoárom com força nas Travessas e fôrom distribuidos à volta de 700 panfletos entre as pessoas que circulavam nos arredores da concentraçom.

O ato finalizou com a intervençom de Rosa, -companheira de Telmo-, quem além de agradecer esta nova iniciativa solidária, manifestou que o único delito de Miguel e Telmo era defender coerentemente os interesses da classe obreira. Posteriormente David Pichel, em nome do CSAMT, denunciou a dispersom que foi submetido Miguel, atualmente encarcerado na prisom asturiana de Villabona, e anunciou as duas novas concentraçons previstas: 14 de abril na capela do Bao, em Corujo, convocada pola CUT, e 3 de maio no Calvário convocada polo CSAMT.


terça-feira, 5 de abril de 2011

Máis solidariedade con Telmo e Miguel e contra a campaña de criminalización da CUT

CUT - Desde o mesmo intre da detención dos militantes da CUT, desde distintas partes do estado español e de Europa, foron chegando distintas mostras de solidariedade cos compañeiros hoxe encadeados, e co noso sindicato.

Teñen enviado notas ou comunicados de solidariedade as seguintes organizacións sindicais:

  • CGT Galicia.
  • LAB de Euskal Herria
  • CSI de Asturies
  • COS de Paisos Cataláns
  • FSOC de Islas Canarias
  • Comité de Empresa de ELMASA de Tenerife
  • UISS do Metal da FSM-WFTU
  • Federación Nacional da Limpeza do FSOC de Islas Canarias.
  • SAT de Jaén
  • INTERSINDICAL de Aragón.