terça-feira, 24 de julho de 2012

Manifesto de Telmo Varela no Dia da Pátria 2012: Um passo ao frente




O Dia da Pátria é umha jornada para lembrar os presos e presas políticas galegas que na atualidade nos achamos encarcerados por luitar de forma direta e sem complexos contra o injusto sistema capitalista; e por hastear a bandeira da Pátria.

Por tal ousadia, o Estado imperialista espanhol dispersou-nos polos seus cárceres, de um em um, longe da nossa terra.

Enquanto isto sucede, as organizaçons burguesas e pequeno-burguesas galegas andam ensarilhadas em como comer maior talhada do bolo. As liortas entre o BNG e cindidos nom é tanto por diferenças políticas, como responde à distribuiçom de cargos, postinhos e cadeiras, pois todas e todos sabemos que politicamente tenhem os mesmos objetivos. Tanto tem Táboas, que Báscuas, Beiras ou Jorquera. Todos eles tivérom cargos de responsabilidade no BNG e no governo bipartido.

A classe obreira vimos já muitíssimas vezes como a burguesia atraiçoa os interesses da liberdade, da Pátria, do idioma, cada vez que o povo se ergue perante ela reclamando o direito da Naçom a ser dona dos seus destinos. Durante estes mais de 30 anos de BNG, com Beiras, Quintana, Vasques e Jorquera, constatamos como se entregavam aos interesses dos monopólios; como quando chegavam a governar nos concelhos e na Junta se convertem automaticamente em traidores ao povo e, sem perda de tempo, se ponhem a gerir os interesses da burguesia, e nom lhes treme o pulso na hora de esmagar as condiçons de vida d@s compatriotas. Por isso, sem que se imutem o mais mínimo os patrioteiros e oportunistas, sempre manifestarei que a classe obreira, e o povo em geral, desconfia das organizaçons pequeno-burguesas que se arroupam no nacionalismo e umha vez com responsabilidades na gestom governam igual que os partidos espanholistas.

BNG, +Galiza, Açom Galega, Ecossocialistas, Anova Irmandade Nacionalista som a mesma cousa, todos querem um cargo para viverem da política.

As cisons nom respondem a interesses gerais da nossa terra, mas aos de cada organizaçom e mais em concreto dos seus dirigentes políticos (Bascuas, Táboas, Beiras, Jorquera, Cuinha …), ao seu servilismo e entreguismo às dinámicas do poder.

Este 25 de Julho deve levar-nos a comprometer-nos coerentemente com a defesa do nosso país até as últimas conseqüências.

Desde que a oligarquia levou a cabo a reforma política a finais da década de setenta, passárom muitas cousas e as massas aprendêrom muito em todos estes anos. Nom reparar nas mudanças que desde entom experimentárom as condiçons políticas, sociais e económicas, pode semelhar que sigamos fiéis à letra da doutrina marxista-leninista, mas nom ao seu espírito. Significa repetir de memória as antigas conclusons sem saber aproveitar as novas condiçons, o método marxista para analisar a nova situaçom.

Aquela etapa era de efervescência política e esperanças, de confiança ainda nos partidos burgueses, e a etapa atual, de fera reaçom, de graves reformas laborais, de cortes, de profunda crise económica e de máxima tensom de todas as forças populares em vésperas de grandes acontecimentos revolucionários.

A nossa agenda deve estar marcada por constantes proclamas em prol da independência nacional durante todos os dias do ano e em todas as vilas e cidades do País. Há que impulsionar e impregnar de espírito patriótico a toda a sociedade, especialmente a classe obreira.

Antes mort@s que escrav@s!

Até a vitória sempre!

Viva a Revoluçom Galega!

Viva o Dia da Pátria!

Cárcere de Topas (Espanha), 25 de Julho