O Dia da Pátria é umha jornada para lembrar os presos e presas políticas
galegas que na atualidade nos achamos encarcerados por luitar de forma direta e
sem complexos contra o injusto sistema capitalista; e por hastear a bandeira da
Pátria.
Por tal ousadia, o Estado imperialista espanhol dispersou-nos polos seus
cárceres, de um em um, longe da nossa terra.
Enquanto isto sucede, as organizaçons burguesas e pequeno-burguesas galegas
andam ensarilhadas em como comer maior talhada do bolo. As liortas entre o BNG
e cindidos nom é tanto por diferenças políticas, como responde à distribuiçom
de cargos, postinhos e cadeiras, pois todas e todos sabemos que politicamente
tenhem os mesmos objetivos. Tanto tem Táboas, que Báscuas, Beiras ou Jorquera.
Todos eles tivérom cargos de responsabilidade no BNG e no governo bipartido.
A classe obreira vimos já muitíssimas vezes como a burguesia atraiçoa os
interesses da liberdade, da Pátria, do idioma, cada vez que o povo se ergue
perante ela reclamando o direito da Naçom a ser dona dos seus destinos. Durante
estes mais de 30 anos de BNG, com Beiras, Quintana, Vasques e Jorquera,
constatamos como se entregavam aos interesses dos monopólios; como quando
chegavam a governar nos concelhos e na Junta se convertem automaticamente em
traidores ao povo e, sem perda de tempo, se ponhem a gerir os interesses da
burguesia, e nom lhes treme o pulso na hora de esmagar as condiçons de vida d@s
compatriotas. Por isso, sem que se imutem o mais mínimo os patrioteiros e
oportunistas, sempre manifestarei que a classe obreira, e o povo em geral,
desconfia das organizaçons pequeno-burguesas que se arroupam no nacionalismo e
umha vez com responsabilidades na gestom governam igual que os partidos
espanholistas.
BNG, +Galiza, Açom Galega,
Ecossocialistas, Anova Irmandade Nacionalista som a mesma cousa, todos querem
um cargo para viverem da política.
As cisons nom respondem a interesses gerais da nossa terra, mas aos de cada
organizaçom e mais em concreto dos seus dirigentes políticos (Bascuas, Táboas,
Beiras, Jorquera, Cuinha …), ao seu servilismo e entreguismo às dinámicas do
poder.
Este 25 de Julho deve
levar-nos a comprometer-nos coerentemente com a defesa do nosso país até as
últimas conseqüências.
Desde que a oligarquia levou a cabo a reforma política a finais da década
de setenta, passárom muitas cousas e as massas aprendêrom muito em todos estes
anos. Nom reparar nas mudanças que desde entom experimentárom as condiçons
políticas, sociais e económicas, pode semelhar que sigamos fiéis à letra da
doutrina marxista-leninista, mas nom ao seu espírito. Significa repetir de
memória as antigas conclusons sem saber aproveitar as novas condiçons, o método
marxista para analisar a nova situaçom.
Aquela etapa era de efervescência política e esperanças, de confiança ainda
nos partidos burgueses, e a etapa atual, de fera reaçom, de graves reformas
laborais, de cortes, de profunda crise económica e de máxima tensom de todas as
forças populares em vésperas de grandes acontecimentos revolucionários.
A nossa agenda deve estar marcada por constantes proclamas em prol da
independência nacional durante todos os dias do ano e em todas as vilas e
cidades do País. Há que impulsionar e impregnar de espírito patriótico a toda a
sociedade, especialmente a classe obreira.
Antes mort@s que escrav@s!
Até a vitória sempre!
Viva a Revoluçom Galega!
Viva o Dia da Pátria!
Cárcere de Topas (Espanha), 25 de Julho